A morte pede carona
A morte é cruel e impiedosa. Com ela não tem negociação. Não há dinheiro, choro, gritos e revoltas que a fazem mudar de idéia. Depois que dá seu veredicto não tem volta. Ás vezes acho que a morte erra, mas como disse não adianta questionar.
Em alguns momentos ela é caridosa e vem de forma sutil sem fazer barulho noutrora arremata com violência suas vítimas. Arranca a vida como se estivesse tirando uma árvore com raiz e tudo de dentro da terra.
Ninguém nunca a vê, mesmo por que quem a vê não tem chance de falar sobre ela. Todo mundo imagina que a morte é algo com um capuz preto e uma enorme foice na mão que pega os morimbundos pelo pescoço. Eu não imagino assim.
Acredito que a morte seja mais sofistica. Quando ela vier me buscar espero que ve-la em um Masserati Preto ao som de Highway To Heel. Quando descer do carro imagino que estará com roupas justas, peitos siliconados (afinal ela não pode parar no tempo), cabelos soltos e um perfume doce. E, que ao inves de uma foice que leve a vida com um beijo.
3 Comments:
Que macabro (para variar...). A morte, o que será a morte senão uma passagem para alguns, uma perda para outros, o nada para alguns outros.
Em tempo: espero que os próximos acontecimentos não signifiquem uma morte (não no sentido literal). A "morte" de uma amizade...
18/11/08 03:21
Vc leu As Intermitências da Morte do José Saramago. A gostosona do final, parece o personagem do nobel de literatura.
18/11/08 08:05
Na verdade esse texto foi resultado de um dia de velório durante a cobertura da morte do milionário da Mega Sena. Saí do velório e fui para uma padaria que tinha ao lado.E, depois de comer uma bolacha de fubá gigante deu nisso.
19/11/08 00:04
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