O infinito de pé é um brinde numa taça / Dois buracos na cueca devorados pela traça /Os pneus da bicicleta subindo a ladeira / São os seios da Brigite pra fora da banheira (Andre Abujamra)

19 de dezembro de 2006

Desculpa, ainda não entendi



Demos: povo, Kratia :Poder. Esse significado foi o que eu aprendi na 8ª série com minha professora de geografia, a Dona Conceição . Em tese, a democracia opõe-se à ditadura e ao totalitarismo, onde o poder reside numa elite auto-eleita. Mas a única coisa que eu continuo acreditando até hoje é apenas na tradução do grego para o português.
A democracia no Brasil me dá nos nervos. Ô palavrinha que não sai da boca dos políticos de meia pataca. Na verdade, o que existe é uma falsa sensação de democracia.
Acreditar que escolher candidatos de quatro em quatro anos é fazer jus ao lema da democracia -"governo do povo, pelo povo e para o povo"- é o fim da picada.
A democracia precisa ser lapidada e evoluir com novos conceitos voltados para decisões coletivas. Talves esteja na hora da criação de um lugar da palavra, como a "ágora" na Grécia Antiga. Um local de múltiplas atividades, onde as pessoas conversem sem que haja uma voz dominante .
O Poder concedido pela democracia no Brasil é tão limitado quanto a força que temos na hora de reclamar sobre os aumentos orbitais de impostos, voto obrigatório, serviço militar obrigatório e por aí vai.
Se isso é democracia, me perdoe Dona Conceição, mas ainda não entendi essa lição.

 
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