A segunda prorrogação do contrato da Prefeitura de Limeira com a Unifarma Gestão de Medicamentos ameaça detonar uma crise no governo Silvio Félix (PDT). Publicação no Jornal Oficial do Município de ontem aponta que a prorrogação foi assinada no último dia 6. No entanto, comunicado interno da prefeitura assinado no dia 11 desse mês pelo Secretário de Administração Flávio Pardi, cita que o contrato não foi prorrogado e acabou.
Félix tem uma explicação técnica para o problema e tentar desdenhar o documento assinado por Pardi. Nos bastidores cogitam-se até que o prefeito teria falado em erro técnico. Uma reunião, de última hora, foi feita ontem com representantes do Conselho Municipal de Saúde. Antes, porém, da reunião, Félix havia dito que o contrato teria sido assinado pela secretaria de Saúde Elza Tank.
Para convencer os conselheiros de que a prorrogação do contrato, de R$ 3,5 milhões, foi legal, Félix usou da psicologia para inibir o grupo e vender seu peixe. Ele perguntou um a um se estavam satisfeitos com o serviço da Unifarma e depois voltou a rodada de perguntas questionando se queriam que o contrato fosse rompido e a população ficasse sem medicamentos. Parte do conselho foi convencido, o que provocou um racha e jogou a discussão da prorrogação confusa para debaixo do tapete.
No final da reunião, depois de três horas, Félix saiu rouco , Elza quando viu a imprensa foi a passos largos para o carro e disse que não assinou o contrato de prorrogação. Já Pardi não aparece na reunião. E, nem com os telefônicos mágicos da prefeitura (Nextel) a assessoria disse que conseguia localiza-lo.
Acredito que Pardi deve falar hoje para tentar explicar o curioso documento e por que, por duas vezes, comunicou a Saúde sobre o cancelamento do contrato.
O que se sugere é que ninguém quer assumir a responsabilidade pelo contrato milionário da Unifarma – que já acumula cerca de R$ 10 milhões- e ficar com um possível ônus de ser ré ou réu numa ação da Justiça.