O infinito de pé é um brinde numa taça / Dois buracos na cueca devorados pela traça /Os pneus da bicicleta subindo a ladeira / São os seios da Brigite pra fora da banheira (Andre Abujamra)

23 de janeiro de 2007

Roteiro



Tá aí parte do roteiro que estou escrevendo:

COCAINA A PAISANA

externa casa

É verão. Crianças brincam de futebol em uma rua estreita de um bairro da periferia. Próximo do campo de asfalto está um casebre imundo. Quem zela pela segurança é Florinda. Uma cadela gorda, velha e preguiçosa. Sobre o chão estão espalhadas correspondências velhas e jornais sujos misturados a restos de alimentos. Na porta da casa, de frente para a porta, está um pequeno garoto de pouco mais de 10 anos de idade. Seu nome é Elvis. O menino negro é tímido, gordo, e veste bermudas largas, uma camisa de banda americana e usa um boné escorraçado sobre a cabeça. Sem hesitar levanta as pontas dos pés e aperta a campainha.

19 de janeiro de 2007

CITAÇÃO



"O que mais me preocupa é o futuro, porque é onde passarei o resto de minha vida"
Woody Allen

18 de janeiro de 2007

A origem da vida

Big Bang ou Adão e Eva. Não são muitas as opções para se explicar a criação do Universo. Pois bem, vou lançar mais uma.
Até hoje cientistas não conseguem avançar além da vida que origina o funcionamento das células, ou seja, para a ciência a menor parte viva é a célula e a menor parte de qualquer coisa é chamada de átomo. Apesar de haver estudos sobre suas estruturas – mitocôndrias, complexo de golgue e o diabo a quatro, existe uma cadeia de vida que beira o infinito.
Mas, e se revertermos a situação? Eu explico. Sugiro supor que, assim com as células que formam um tecido e por conseqüência um órgão, o planeta Terra seria um órgão dentro de um organismo gigante. Evidente que nesse organismo cósmico os órgãos são formados por uma estrutura e forma diferente, da mesma maneira que, os órgãos das células se diferenciam dos órgãos do corpo humano, embora tenham funções semelhantes.
O Sol por ser quente poderia ser o coração. Faz sentido, porque se ele pifar vai tudo pro saco. A Lua poderia ser um rim, se um dia deixar de existir, os únicos prejudicados serão os astrólogos. O segundo rim poderia ser Plutão. É outro planeta inútil, que nem o consideram mais planeta, mas como ainda está lá deve servir pra alguma coisa.
Júpiter pelo tamanho leva jeito para pulmão.
Acho que a Terra poderia ser o fígado. Um fígado doente, que foi contaminado com um vírus.
Há dois milhões de anos, uma vacina teria sido aplicada. Quase tudo o que fazia mal a esse órgão foi extinto. Porém, uma variação desse vírus sobreviveu, evolui e algum médico que cuida desse imenso organismo deve ter dito que não há mais cura e que agora é só esperar pelo pior.
Sendo assim, a vida ou morte no universo se daria de três maneiras: alguém achar a cura, para o vírus - aí nos morremos-, o gigante paciente cósmico sentar e esperar a morte - morremos também - ou o moribundo fazer um transplante de fígado. Nesse último caso, o universo continuaria vivo e nós iríamos parar dentro de algum pote de vidro ou para o fundo de um imenso saco de lixo, sem direito a protestos, reclamações e muito menos insinuações de que teria sido um ato terrorista.

16 de janeiro de 2007

Bela estória

Poético. Talvez seja exagero da minha parte, mas de forma sucinta e sem uma discussão mais aprofundada esse seria o adjetivo para eu definir A Dama na Água - o novo filme M. Night Shyamalan.

De modo resumido o enredo do filme é sobre a estória do zelador de um prédio que descobre um ninfa- espécie de anjo- no fundo da piscina onde mora. A mulher teria vindo a Terra para se fazer cumprir uma profecia. Um dos hospedes do prédio, onde trabalha o zelador, iria escrever um livro, que dentro de alguns anos seria lido por uma criança que adotaria as idéias e seria um líder que promoveria a paz no mundo. Porém, para isso a Ninfa precisaria encontrar o tal escritor e motivá-lo a voltar escrever o livro.

O indiano teve uma sacada do cacete em misturar suspense com fantasia. Shyamalan criou uma uma bela fábula.O roteiro é bem amarrado. Depois da Vila, que me decepcionou, A Dama na Água me fez reverenciar novamente Shyamalan. A propósito, ele faz um dos personagens principais no filme.

Parte da filmografia de Shyamalan

Lady in the water (A Dama na água) 2006 / The village (A Vila) 2004 / Signs (Os Sinais) 2002 / Unbreakable (Corpo Fechado) 2000

12 de janeiro de 2007

Relógio Humano

Hoje tô um prego. Pensei em escrever algo, mas não vai dar. Para não passar em branco dêem uma olhada nisso: RELÓGIO.
Cada uma que inventam.

10 de janeiro de 2007

Jim Carrey

Fantástico esse vídeo do Jim Carrey. É do início de sua carreira. O blog thesnottyone postou não um, mas 14 vídeos do Carrey. O clipe “What is Love” está linkado a baixo. É muito bom.

Cineasta online



O site Bombay TV oferece cenas de filmes indianos e você pode criar legendas para cada uma delas. Em seguida, é só apertar o play e pronto: você acaba de criar um filme. Dá pra fazer muita coisa engraçada. Outra opção parecida, mas meio sem graça, é o Futebol TV, que oferece cenas de partidas de futebol .

9 de janeiro de 2007

E viva o alcoolismo


Um dos melhores sites nacionais de venda de bebidas. Dedico esse post ao Cris , por que sei que ele é o único cara, que conheço, que teria coragem de pagar "milão" por um desses.
Tá aí o site: Liquourstore

8 de janeiro de 2007

Citação



"Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir "

George Orwell

Monastérios



Para quem nunca achou que ia ter inveja da vida dos monges, aí vai um site que mostra os monastérios mais bacanas do mundo.

5 de janeiro de 2007

Paixão nacional

Terça feira, 18h. O sol ainda está com fôlego. Uma pelada estava para acontecer no meio da rua. Um campo de asfalto, dois gols feitos com chinelos, uma bola de couro velha e três jogadores cada lado. No campo não tinha torcida, também pudera, já que a rua estava impedida para o jogo. Aos pedestres – que tinham coragem de passar por perto- restavam as calçadas. Os atletas tinham entre 10 e 14 anos.
Chuteira ou tênis eram um luxo. Mas isso não fazia a diferença, a sola do pé era grossa e o asfalto já estava frio.
Depois de passar um vendedor de churros em um Kombi, a bola foi colada ao centro. Um tradicional “par ou impar” decidiu quem ficaria com a posse: foi o time “sem camisa”. A pelota começou a rolar acompanhada de gritos e caneladas. O atacante driblou, em poucos segundos, dois jogadores. O último garoto ficou a frente do pequeno gol que não tinha mais do que um metro de comprimento. Uma ameaça de chute forte fez o último menino fechar os olhos e se encolher. Nesse meio tempo, o ligeiro atacante colocou, com classe, a bola para dentro do gol. O time “sem camisa” vencia por 1x0.
Bola no meio de campo novamente e o time “com camisa” parte para o ataque. O jogo é interrompido por uma mulher gorda e sisuda que carregava sacolas de supermercado. Os jogadores ficam imóveis em suas posições. A mulher passa e o jogo segue. O atacante do time “sem camisa”, dribla um e passa a bola adiante, mas ela é interceptada pelo adversário que chuta com força para frente. A bola bate em um muro e cai na guia. Um deles se aproxima da bola, mas se recusa a chutar. O jogo pára de novo. O problema agora é que a bola caiu em cima de um monte de merda de cachorro. Depois de lavada com uma mangueira e esfregada de encontro com árvore seca e de tronco grosso o jogo volta.
O zagueiro do time sem camisa - o mais novo da equipe - começa a reclamar que não recebe passes. Ninguém dá importância. Depois de alguns minutos e ameaças de ir embora ele decide sair de campo. Retira seus chinelos – que sinalizavam um dos gols-e vai para casa. Há pedidos para que fique e promessas de que seriam feitos mais passes ao “ dono do gol”. Sem acordo e sem mais chinelos o jogo termina às 18h20. O time “sem camisa” vence e o campo volta a ser apenas uma rua suja e esburacada.

 
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