O infinito de pé é um brinde numa taça / Dois buracos na cueca devorados pela traça /Os pneus da bicicleta subindo a ladeira / São os seios da Brigite pra fora da banheira (Andre Abujamra)

1 de abril de 2011

O Banco nosso de cada dia


Hoje para se abrir uma conta em qualquer agência bancária é praxe a cobrança de taxas, seja de limite de uso de serviços ou simplesmente aquelas taxas denominadas de serviços administrativos, que até hoje ninguém ou quase ninguém sabe para que finalidade sirva.

De acordo com o Jornal Valor Econômico, o banco Itaú anunciou no mês passado um lucro líquido de R$ 13,3 bilhões em 2010, ultrapassando o Banco do Brasil que anunciou ganho de R$ 11,7 bilhões. Já o Bradesco atingiu a marca de R$ 10,022 bilhões.

Tanto dinheiro e clientes muitas vezes não têm se quer um bebedouro a disposição nas agências. Banheiro então é artigo de luxo, se o cliente estiver na fila e precisar de um, ele tem duas opções: deixar a agência, sem correr para não ficar travado na porta eletrônica ou contar com a boa vontade do gerente.

Algumas agências, por exemplo, inovaram, e têm até sistema de biometria para leitura de impressões digitais, porém, ainda não disponibilizam um simples sistema de senha para que o cliente quando chegue não tenha que ficar esperando em pé por longos minutos até ser atendido.

E, por último não mesmo importante, fica a famosa porta eletrônica. Muitas pessoas já tiverem o constrangimento de serem eleitas suspeitas e ficarem presas entre as paredes de vidros. Um apito começa a tocar e a agência toda pára, para ver quem é a vítima. O coitado preso entre as portas entra no desespero e começa a buscar nos bolsos moedas, celulares e outros artigos para mostrar para todos os expectadores que não passou de um engano. Cômico se não fosse tráfico. No entanto, um simples guarda volumes resolveria a questão.

O fato é que todos esses problemas poderiam ser solucionados com investimentos, mas isso custa dinheiro e dentro de uma cultura capitalista onde a regra é ter vantagem, ficamos refém de um sistema bancário egoísta, frio e com lucros maiores do que qualquer empresa já imaginou ter no Brasil.

 
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